Este titulo tem uma tripla justificação.
A primeira, a mais óbvia, é porque "esta é primeira vez depois da ultima que foi em tanto do tal do mês tal do ano tal que aqui estive" ( como discursaria de forma preclara o Venerando Presidente da Republica Excelentíssimo Senhor Almirante Américo de Deus Rodrigues Thomaz, isto antes do regresso à terra que o viu nascer e onde tinha exercido de forma tão eloquente a sua digna magistratura, antes do forçado exilio a que o obrigaram os ventos adversos que varreram esta Nação de Navegadores. De verdadeiro regresso à terra foi mesmo o que acabou por lhe acontecer, a ele que era pó, e em pó se iria transformar, segundo a formula que não lhe deixaram verter em discurso, quando ficou depositado no cemitério.
A segunda, (porque como escreveu em titulo de livro de poemas dos finais dos anos setenta do século passado, o jornalista, escritor, poeta, boémio, transmontano, Eduardo Guerra Carneiro, "Isto Anda Tudo Ligado", antes de também aderir ao "Clube dos Poetas Mortos", e se transformar em pó), porque depois de muitas hesitações e prorrogações de prazos, vi na semana passada o "Voltar" (ou "Volver" em Castelhano) do Pedro Almodovar, e para quem o viu percebe porque falo de mortes, cemitérios e pó.
A terceira, (porque não há duas sem três), porque no passado dia 1 de Novembro, acompanhando a minha sogra, voltei ao Cemitério onde residem os restos mortais do meu sogro, num condomínio em forma de aglomerados de gavetões alinhados e sobrepostos, num T 0 que ele partilha com as cinzas da sogra dele, a mãe da minha sogra, e a que esta costuma fazer a limpeza e manutenção, incluindo mudança de flores e substituição de àgua na jarra.
Já não ia lá há varios anos, a minha consorte, a filha da minha sogra, é que a tem acompanhado. Na minha família nunca se cultivou o culto dos mortos: - Os corpos vão para debaixo da terra; Ao fim de alguns anos recebe-se a comunicação de que os ossos vão ser levantados, e isso será feito pelos competentes funcionários camarários, que encaminharão os ossos para onde acharem conveniente. A Alma, que é o que interessa, espera-se que já esteja em amena cavaqueira com Deus Nosso Senhor, desde o segundo imediato àquele em que exalou o ultimo suspiro, ou em versão mais soez, " em que deu o peido mestre".
Mas o que é certo, é que o ambiente vivido no cemitério era em tudo semelhante ao representado no filme do Almodovar, tirando talvez o não correr vento nenhum, e estar um calor anormal, e não se ouvir "hablar" castelhano, embora hovesse uma forte representação de familias daquela minoria étnica que se costuma associar ao nomadismo, ao contrabando, aos tráficos variados, enfim, de certo erradamente à aldrabice, cuja musica tem muito de "flamengo", (que não o queijo) e que actualmente já entraram no sedentarismo, no empreendorismo local, que já adquiriram jazigos de familia que abrem e arejam amiudadas vezes ( ou será que os ocuparam? - cala-te boca!!), com grande estendal de cadeiras e bancos, com as mulheres mais perto do jazigo, e os elementos masculinos sentados no muro de um fontanário próximo, em amena cavaqueira, não directamente com Deus Nosso Senhor, mas talvez lá perto.
A minha maior admiração foi para a aculturação que se está a verificar, e que os hábitos ancestrais desta minoria étnica (cujo nome ainda não proferi) não têm conseguido travar, que leva a que além dos elementos do sexo masculino que já há varios anos vestem as contrafacções que habitualmente vendem nas varias feiras ( de Carcavelos e similares), também os elementos femininos da geração mais jovem exibam graciosamente cabelos das mais variadas cores que não o tradicional negro azeviche bem oleado, e roupas com acessórios e arrebiques da moda em vigor, que além da diminuta superfície total de corpo que cobrem, são cada vez mais oriundas das lojas dos (ai! que quase ia escrevendo a origem deles!) comelciantes que vêm do Oliente e ablem comelcios em todos os lugales além dos lestaulantes.
Tanto quanto palece, estes tais do Oliente, têm outlas folmas de lidal com seus moltos, tanto que não se dá pol eles aqui.
Mas isso são outlas voltas.
Nota-se logo, para quem não saiba: Eu sou um avô babado e babôso ( que não Barroso e muito menos Durão), e obviamente e legitimamente preocupado com o futuro do rapaz, que é o meu neto, o filho do meu filho.
Vejo-o muito menos vezes do que desejava, mas 300 km separam-nos, já que é esta a distância de minha residência à residência do rapaz, que é o meu neto, o filho do meu filho (e dos progenitores, respectivamente o meu filho e a minha nora), no Algarve.
De vez em quando vamos nós, a minha senhora, a minha esposa, a minha cara metade e eu (não somos quatro, somos só dois) lá abaixo, outras vezes avançam eles até à Capital da Republica de Portugal e do Algarve, das Ilhas dos Açores. e do Alarve da Ilha da Madeira.
Foi o que aconteceu há uma semana e tal.
E estou muito satisfeito, porque o rapaz que é o meu neto, o filho do meu filho, já demonstra grande aptidão para político!!
Em estreia mundial absoluta, defecou pela primeira vez em bacio em nossa casa, ou seja: cagou para nós, o que se por um lado não augura nada de muito bom nas relações futuras com os avós, pelo outro, a capacidade demonstrada de fazer merda indicia que vai ser um grande politico!!
Estou muito satisfeito porque consegui inserir a foto do cagalhão no bacio, foi muito dificil para mim, a tecnologia tem destas coisas, mas consegui transferi-la!
Agora vem a outra, em que sobranceiramente ele olhava os patos que chafurdavam no lago, com pensamentos que quase se ouviam, do género: " Aguentem aí que eu já os lixo", ou "Não perdem pela demora".
Tenho ou não razão por estar orgulhoso com o rapaz que é o meu neto, o filho do meu filho, pelas aptidões que demonstra para ser um grande politico em terra de patos?
Mais do que os burros!! Longo periodo de gestação em que obliterei completamente o acesso bloguistico.
Deparo-me agora com nova designação e endereço no Sapo, e esta entrada (Post, não é?, posta de bacalhau não é certamente, e a pescada que antes de ser já o era, não bate assim).
Enfim, o post que fica, o que resta, não é restea, de alhos, nem de malhos, aos molhos qual alecrim, o post é o restante, não o restaurante, com bacalhau, pescada, alhos, alecrim, e porque não a lacrimejar por causa da cebola. Bolas! para já chega. Atenção experiência um, dois, um dois.